A Morte Feliz
Albert
Camus
Tradução:
José Carlos Gonzalez
Introdução
e notas: Jean Sarocchi
Capa:
Infante do Carmo
Livros do
Brasil, Lisboa s/d
Nesse domingo ao voltar a casa, com todos os seus pensamentos em Zagreus, antes de entra no quarto, Mersault ouviu gemidos que vinham do apartamento de Cardona, o tanoeiro. Bateu à porta. Ninguém respondeu. Os lamentos continuavam. Entrou sem esperar que lha abrissem. O tanoeiro estava em cima da cama, enrolado sobre si mesmo como uma bola, e chorava, soltando grandes soluços de criança. A seus pés, a fotografia de uma mulher de idade. «Morreu», acabou por dizer, muito a custo. Era verdade, mas isso acontecera havia já bastante tempo.
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