domingo, 13 de abril de 2025

O OUTRO LADO DAS CAPAS

 Sempre fui um gostador de crónicas de jornal.

Já o disse por aqui mais que uma vez. Há também uma rubrica, Cronicando por Aí que, volta e meia, aloja crónicas que vou lendo.

Ia dizer que quase de certeza fiz colecção das crónicas que o Fernando Assis Pacheco escreveu para o jornal Record, todos os sábados, entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972.

Ao contrário de uma certa múmia, sou mais de dúvidas do que certezas, mas um dia perguntei à minha mãe sobre as caixas que deixara na despensa quando saí de lá.

«Foram para o lixo! Era só papelada velha!...»

Comprava os jornais no Kioske da Paiva Couceiro e, se o tempo não era de chuva, abancava num banco do jardim da Paiva e devorava a crónica do Assis.

Faltam as crónicas do Record mas tenho esta, a que encima o texto, mas que, por artes não sei de quê, um dia encontrei dentro do Cau Kien: um resumo, foi publicada no Diário de Lisboa s/d, muito antes do 25 do 4.

A mãe de nariz torcido.

-Falta um botão nos calções.

- Se calhar caiu…

- Se calhar puseste-o na caixa dos jogadores. Mostra lá.

O grande Zarra: uma peça para museu, Assis dixit.

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