Costumo achar piada a estes encontros, desta vez fiquei com uma sensação de desilusão, O Trovante foi responsável por algumas das melhores músicas portuguesas, um projecto inovador que misturou música tradicional com pop, poderá dizer-se que fizeram história, e asseguraram lugar de destaque na mesma. No sábado passado voltaram ao mítico palco da Festa! aquele onde muitas bandas se transcendem, por onde passou a grande maioria da boa música que se tocou em Portugal nos últimos 35 anos, um palco que marca quem por lá passa, segundo testemunhos variados. O Trovante está intimamente ligado a esse palco e a essa Festa! mesmo que durante alguns anos um dos protagonistas o tenha renegado, até que no passado fim de semana se lembrou que afinal estiveram presentes desde a FIL, crescendo de mão dada com a Festa! e com o Partido que lhe dá alma.
Não há regras nestas coisas, há grupos que se reúnem ao fim de décadas, e aquilo parece que funciona como então, há outros que não, como foi o caso, na minha opinião. As músicas estão lá todas, e é verdade que a actuação foi em crescendo, entraram com o “caravela” mal amanhado, mas depois lá se recompuseram, e tecnicamente até estão bem, mas notou-se perfeitamente que o fio condutor, a centelha que faz a diferença, perdeu-se entre eles. Aquilo é mais Represas e velhos amigos, do que Trovante. Nem sei se foi boa ideia ter assistido ao concerto, eu que os vi várias vezes quando eles eram a novidade e faziam sentido, mas agora já está, e como cantam os Xutos, o que foi não volta a ser…e no fim a Carvalhesa salvou a noite. Não há Festa! como esta.
1 comentário:
Se assim não voltou a ser, que pena...
A Festa foi, a par dos Coliseus, o palco mais importante que pisei (Palco 1ºde Maio, 1997). E, sem dúvida, o mais marcante!
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