Na semana passada, o arquitecto Paulo Mendes da Rocha, apresentou o projecto do Museu dos Coches que, em Belém, está em fase de construção.
O projecto de revitalização do Museu dos Coches custará (para já, dado que só será inaugurado em Setembro do ano que vem e, sabe-se, as derrapagens que as obras públicas sofrem) 32 milhões de euros.
Em artigo de opinião, publicado no “Público”, intitulado, “Foi você que pediu uma garagem para coches antigos?”, o historiador de Arquitectura, António Sérgio Rosa de Carvalho, pode ler-se:
“Num processo apressado, sem concurso público, decidido por um ministro pouco económico (mais do que três dezenas de milhões) determinado a deixar marca de regime através da afirmação pelo contraste e ruptura, este projecto deixa-nos preocupado.
Acima de tudo porque é um símbolo de um despesismo inconsciente e irresponsável, destruidor de um equilíbrio perfeito já existente e criador de novas despesas num futuro muito incerto de penúria e crise no universo do património cultural e museus. (…)
O projecto lembra-nos um modelo de garagem com rampas, saído de uma miniatura do nosso quarto de brincadeiras, ou um espaço caricatural de um filme de Jacques Tati.”
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