“Para sair de Bariloche em direcção ao sul, tive de transpor uma curta mas acentuada subida. E o que receava acontecia: com o piso enlameado pela neve, a aderência era baixa, a tracção mínima e a segurança quase nula. Para mim, era o teste que esperava mais tarde ou mais cedo. Não sentir os pés nem as mãos, congelados; percepcionar o nariz e as orelhas como blocos de gelo; lacrimejar e sentir o nariz gotejar – não sei bem o quê – não me preocupavam. Mas a ciclística, sim, preocupava-me e não tinha qualquer alternativa. Felizmente a subida era curta, os condutores irrepreensíveis – excepto um ou outro que me encharcou com a neve que projectou – e, passada a zona urbana, o trânsito diminuto.”
Texto e imagem de Idílio Freire
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