A imagem reproduz a actuação do grupo “Trovante” na Festa do Avante de 1977, a primeira que se realizou no Vale do Jamor.
Se os Trovante são um marco na música portuguesa devem-no, essencialmente, ao seu primeiro disco “Chão Nosso” e às actuações que ao longo dos anos tiveram na “Festa do Avante”.
Ao que parece, num virar de uma qualquer esquina, mudaram de carreiro e fizeram por ir esquecendo esses primeiros quão importantes passos. O problema não está no facto de as pessoas mudarem de ideias, o problema mergulha na circunstância de que para se mudar de ideias é necessário que elas existam, como não basta dizer que se pensa por cabeça própria, porque o busílis da questão é que para que isso aconteça é preciso ter cabeça.
Segundo o Programa da Festa desse ano, o grupo “Trovante” actuou, no domingo pelas 17,00 Horas, no “Palco 2” e apresenta o grupo nestes termos:
“Estreou-se há um ano, numa jornada política e de convívio em que foi realizado um sorteio das EP para a primeira festa do Avante, onde participou com êxito assinalável.
Tem como objectivo fundamental o tratamento da música popular, trabalho a que se tem dedicado, com todas as energias e espírito criador, desde a sua fundação.
Já ganhou alguma experiência artística, adquirida em mais de sessenta actuações em espectáculos, sessões de canto livre e outras iniciativas culturais promovidas por organizações populares democráticas.
Participou em várias jornadas organizadas pela FEPU durante a campanha eleitoral para as autarquias locais.
É um grupo jovem, cheio de vontade em lutar pelo desenvolvimento da cultura e da música portuguesa populares do nosso país. O grupo é constituído pelo Luis Reprezas, Manuel faria, João Gil e Artur Costa. As idades vão dos 19 aos 22 anos. Tocam piano, viola, flauta, bandolim, reco-reco, maracas entre outros instrumentos. E realizam um interessante trabalho no âmbito da música popular, que procuram enriquecer e divulgar.
O grupo “Trovante” prepara-se para apresentar uma surpresa na Festa: vai pôr à venda o seu primeiro disco um LP com o título genérico “Chão Nosso”. Trata-se de um álbum com dez canções, que abordam temas da resistência, luta e esperança do Povo Português.
O poeta Francisco Viana, colaborador permanente do grupo é o autor de todos os poemas do álbum, que surge como uma nova fase, um grande passo de qualitativo, na vida do “Trovante”
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