1.
Quem a esta janela aparece, limita-se a apresentar notícias, factos, pedaços de discursos, frases. Por vezes apetecia o comentário, mas, na generalidade o que se apresenta diz tudo.
2.
A empresa encarregada de promover as obras de reabilitação de escolas públicas, Parque Escolar, foi mais uma vez notícia com o pedido de auditoria confirmado pelo Ministério da Educação. O projecto, lançado em 2008 pelo executivo de Sócrates, foi apresentado como um incentivo às pequenas e médias empresas de construção, mas na realidade isso não se tem verificado. Segundo a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas -, têm sido os grandes consórcios a dominar os concursos da Parque Escolar.
Em Agosto de 2010, nove construtoras, num total de 78, ganharam 41% de um valor total de mil milhões de euros a concurso referente às obras adjudicadas pela Parque Escolar. No total, estas nove construtoras ganharam 446 milhões de euros, de um total de mil milhões, respeitantes à primeira e segunda fases do projecto de modernização escolar do governo. A Mota-Engil, liderada por Jorge Coelho, foi a empresa que ganhou mais adjudicações da Parque Escolar, com 110 milhões de euros do montante total adjudicado
A curta história da Parque Escolar conta-se entre notícias de obras desnecessárias, de adjudicações acima de valores de mercado ou de relações promíscuas entre adjudicados e administradores.
3.
Pedaço de um a crónica de João Miguel Tavares publicada, há uns anos, no “Diário de Notícias”:
“A ladainha sacrificial é vergonhosa, e basta olhar para as carreiras pós-política dos ministros para perceber a sua desonestidade. É verdade que os políticos ganham mal em comparação com o sector privado, mas aquilo que eles recebem quando abandonam a política compensa largamente os anos de sofrimento. Que o diga Dias Loureiro. Ou o seu amigo Jorge Coelho. A conversa do "sacrifício pessoal" concentra os piores defeitos da nação. Porque aquilo que ela esconde, na verdade, é o desejo de não se ser questionado, vigiado, escrutinado. Se eu dei tanto de mim, porque tenho ainda de ouvir isto?, perguntam eles.”
4.
A Associação para o Planeamento Familiar condena o fim da comparticipação da pílula e da vacina contra o vírus do cancro do colo do útero e teme que a medida vá aumentar o recurso ao aborto.
A APF comentava desta forma a notícia avançada pela imprensa de que o governo se prepara para acabar com a comparticipação de alguns produtos, entre os quais a pílula e a vacina contra o vírus que causa o cancro do colo do útero.
5.
O diploma que cria a sobretaxa extraordinária de IRS sobre o subsídio de Natal ou rendimentos equivalentes foi hoje publicada em Diário da República e entra em vigor hoje. Assim, as empresas que pagam aquele subsídio de forma fraccionada e não apenas num único momento (habitualmente no final de Novembro) podem começar desde já a reter na fonte a parte proporcional devida, que corresponde a uma taxa extra de 3,5% sobre a parte líquida.
6.
Da crónica de Manuel António Pina no “Jornal de Notícias” de hoje:
“Entretanto, Vítor Gaspar encontra-se há tempo indeterminado a "raciocinar" para descobrir onde estará a tal "gordura" do Estado de que tanto falava Passos Coelho.
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