No Natal passado coloquei aqui o único disco de Natal, dos que o meu pai comprou, que chegou aos dias de hoje.
Por um Natal, final dos anos 80, comprei esta caixa das Selecções do Reader’s Digest e ofereci-a ao meu pai.
Ficou encantado mas, passados dias, pediu-me que fizesse uma ou duas cassettes com músicas e canções dos seis discos que compõem a caixa. Que não levasse a mal mas já andava um tanto ou quanto afanado para andar a pôr e a tirar discos, que uma cassette levava mais tempo a rodar e não necessitava tão frequentemente levantar-se do maple.
Assim foi feito.
Uma das cassettes incluía o disco 4, Mood Music For the Christmas Dinner e o disco 6 New Years Concert.
Na véspera de Natal a euforia, a algazarra e excitação dos netos, aguardando a chegada da meia-noite, para desembrulhar as prendas, não permitia ouvir as cassettes, que apenas se ouviam durante o jantar de Ano Novo, coisa mais sossegada.
Como não poderia deixar de ser lá estão as valsas dos Strauss e a Marcha Radetzky.
Para o efeito comprara um enorme rádio, daqueles que os negros levavam para a praia, e colocada na casa de jantar, oferecia a música ambiente para degustar o jantar e as muitas garrafas de Arruda tinto.
Também longas conversas e a exibição genuína, única, do brilhante contador de histórias que o meu era.
O que eu daria para voltar àqueles jantares de Natal da Mestre António Martins.
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio.
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio.
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