domingo, 22 de julho de 2012

UMA VEZ MAIS!!!


 Em Aurora, um subúrbio de Denver, um louco investiu por um cinema onde se exibia um filme da saga Batman.

Matou 12 pessoas e feriu 58.

Sempre que acontece uma tragédia como esta, vem à baila a velha história da facilidade com que, nos Estados Unidos se podem adquirir armas: podem encomendar-se pelo correio, podem ser oferecidas a quem abra uma conta bancária, compre uma treta qualquer.

Não se  sabe quantos milhões de armas circulam pelo país.

Michael Moore, um cineasta não muito escrupuloso, realizou um documentário a que chamou Bowling for Columbine que regista o massacre ocorrido em Abril de 1999, no Colorado, em que dois jovens, depois de terem jogado bowling, entraram pelo liceu e, durante horas, entretiveram-se a disparar sobre alunos e professores, provocando dezenas de mortos e feridos.

No documentário de Moore, ressalta o poder que os lobbies dos defensores da posse de armas, concentrados na National Rifle Association, detêm no país, o chorudo negócio que representa, há mesmo alguém diz que se não culpamos os fósforos pelos incêndios, por que motivo há que culpar as armas pelos massacres que ocorrem?

Todo o arsenal que James Hiltom, o atirador, usou para atirar sobre os espectadores de uma sala de cinema de Aurora - uma espingarda de assalto semiautomática AR-15, uma espingarda Remington de calibre 12 e duas pistolas Glock de calibre 0,40 - foi comprado legalmente em lojas de armas do Colorado, sem qualquer tipo de impedimento, registo ou supervisão, dois meses antes do massacre durante a estreia do filme de Batman.

James Holmes também não teve dificuldade em adquirir, na Internet, as munições necessárias para todo esse armamento: 300 balas para a caçadeira e mais de 6000 cartuchos de balas para as pistolas e para a semiautomática (a AR-15 encontrada no local do crime tinha um tambor de cem balas, podendo disparar até 60 tiros por minuto).

Recomeça o debate sobre o uso de armas nos Estados Unidos, as opiniões estão extremadas, e, aos poucos, se irão desvanecendo.

Até à próxima tragédia.

Legenda: fotografia de Elliott Erwitt

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