segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

DEITA-TE, SENHORA, DEITA-TE


Deita-te, senhora, deita-te, deita-te na minha grande cama de latão (1)
Deita-te, senhora, deita-te, deita-te na minha cama grande de latão
Seja quais forem as cores que tens na mente
Eu tas mostrarei e vais vê-las brilhar

Deita-te, senhora, deita-te, deita-te na minha grande cama de latão
Fica, senhora, fica, com o teu homem por um instante
Até ao romper do dia, deixa-me ver-te fazê-lo sorrir
As suas roupas estão sujas mas as suas mãos estão limpas
E tu és a coisa melhor que ele já viu

Fica, senhor, fica, fica com o teu homem por um instante
Porquê esperar mais que o mundo comece
Podes ter as tuas rosas sem os espinhos (2)
Porquê esperar mais por aquele que amas
Se ele está diante de ti

Deita-te, senhora, deita-te, deita-te na minha cama de latão
Fica senhora, fica, fica que ainda temos a noite pela frente
Anseio ver-te à luz da manhã
Anseio tocar-te durante a noite
Fica, senhora, fica, fica que ainda temos a noite pela frente,

Bob Dylan

Canção do álbum Nashville Skyline (1969).

Bob Dylan em Canções Volume I (1962-1973) Relógio D’Água, Lisboa Setembro de 2006.


(1)   Lay across my big brass bed – Citação da canção «Rough Alley Blues», um dueto gravado em 1931 por Blind Willie Mc. Tell, um dos músicos favoritos de Dylan, com Mary Willis. O verso, cantado por Mary Willis, reza: «I’ll take you to my room and lay you across my big brass bed». (N. dos T)

(2)   You can have your cake eat and eat it too – O verso afirma o oposto da expressão idiomática «You can’t have your cake and eat it», frase usada na linguagem comum para dizer a alguém que não pode obter as vantagens de algo sem, ao mesmo tempo, herdar as suas desvantagens. (N. dos T.)

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