Hoje é Segunda-feira de Pascoela.
Para os cristãos o
prolongamento da festa do Domingo de Páscoa.
Amanhã toma posse o governo
da «nova» AD, capitaneado por Luís Montenegro.
O Daniel Oliveira, no seu apontamento-diaristico no Expresso, em estado de escândalo, pelas espantosas afirmações do sacristão Marques Mendes na Missa de Domingo no Jornal da Noite da SIC, escreve assim:
«Ontem foi apenas mais um momento do que nos espera. A avaliação que Marques Mendes fez da composição do novo governo seria mais objetiva se fosse feita por Luís Montenegro. Tudo superlativo, magnífico, cheio de talentos, qualidade. Ou extraordinariamente óbvio ou positivamente surpreendente. O ex-lider do PSD conseguiu falar de todos os novos ministros sem encontrar uma única dúvida sobre qualquer qualidade de qualquer uma das escolhas. Provavelmente o melhor governo de sempre. Foram largos minutos de puro tempo de antena do novo poder, sem qualquer coisa que se assemelhe a uma análise. Digno de uma "conversa em família". É isto que teremos nos próximos meses?»
Alguns jornais lidos, alguns comentários ouvidos, tudo num manto de en passant talvez permita um olhar sobre alguns ministros montegrinos:
RITA ALARCÃO JÚDICE: uma jurista especializada na área do direito imobiliário, é a nova ministra da Justiça.
Foi coordenadora desta área e da do Turismo no escritório fundado pelo pai, José
Miguel Júdice, também palestrante na SIC.
FERNANDO ALEXANDRE, professor há duas
décadas, sem ligação conhecia ao mundo das escolas, foi indigitado para o
superministério que congrega, para além da Educação, o Ensino Superior, a
Ciência e a Inovação.
ANA PAULA MARTINS, 58 anos, estreia-se num
cargo governativo na área da Saúde e tem em mãos o futuro do Serviço Nacional
da Saúde. Foi bastonária da Ordem dos Enfermeiros, demitiu-se, por motivos
muito pouco claros, no final do passado ano do cargo de presidente do conselho
de administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, onde
permaneceu menos de um ano, escolhida por Fernando Araújo director-executico da
Saúde no governo de António Costa. Da nova ministra dizem gostar mais da
medicina privada que do SNS.
NUNO MELO na Defesa.
Provavelmente os militares irão sorrir
perante o que futuro ministro lhes terá a dizer sobre tropa e sobre alguns
casos de corrupção, que vêm de anteriores governos e nunca deslindados, para
não trazer a terreiro, em termos europeus, sobre a guerra na Ucrânia e a
situação no Médio Oriente. Tem sido um desastre o acompanhamento que a Europa tem
feito destes dois conflitos e não se consegue ver em que banco Melo se sentará
para falar de tudo isto.
MIGUEL PINTO LUZ, a cereja no topo do bolo.
Actual vice-presidente do PSD, foi secretário de Estado das Infraestruturas,
Transportes e Comunicações.
No currículo tem, entre outros temas, a
participação na privatização da TAP, ocorrida durante uma madrugada de 2015
quando o governo já não estava em funções. Desempenhava até agora a
vice-presidência da Câmara Municipal de Cascais e, segundo seja quase público,
deixa alguns rabos de palha no que à construção de certos empreendimentos
frente ao mar.
De entre as mais recentes polémicas que
protagonizou, destaca-se a candidatura como cabeça de lista por Faro nas
últimas legislativas, tendo alterado a sua morada fiscal para o sul do país, e
as declarações feitas durante a campanha eleitoral, defendendo uma aliança com
o Chega, chamando a atenção para que o
milhão e não sei quantos votantes no Chega, têm que ser acarinhados e não
espezinhados.
O ceguinho do costume, não nos ajudou em nada, sobre as futuras actuações destes, e de outros, ministros do governo de Luís Montenegro.
1 comentário:
O NÓIA tem cá uma lata...
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