Mário Castrim, numa crítica de televisão no Diário
de Lisboa, Maio de 1969.
João Villaret morreu em Lisboa a 21 de Janeiro
de 1961. Tinha 47 anos.
O Cinema São Jorge passou a evocar a sua memória em sessões, à hora do almoço,
servindo-se dos discos que João Villaret deixara gravados. Não tenho elementos
que permitam dizer quando essas evocações começaram e em que ano terminaram.
Esta foi a única a que assisti.
Um foco de luz projectava-se sobre o palco que tinha o pano corrido. Tenho uma
vaga ideia de haver também uma cadeira com um ramo de flores, mas não garanto.
A minha memória já conheceu melhores dias.
À entrada era fornecida a folha que aqui se pode ver e que dava conta dos
poemas e dos autores que iríamos ouvir.
O preço era único e a receita do recital destinava-se à Cruz Vermelha
Portuguesa.
Na folha podia, também, ler-se que o Cinema São Jorge registava o “amável
patrocínio” dado pelo “Diário Popular” e que o Sistema de Alta Fidelidade fora
montado pelos Serviços Técnicos de Valentim de Carvalho.
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