quinta-feira, 11 de abril de 2024

CONVERSANDO


 «Na vida há destas coisas, como diz o compadre que todos temos. O programa que João Villaret foi das poucas coisas vivas e populares que aconteceram na Televisão Portuguesa. Passaram-se muitos anos antes que surgisse qualquer coisa que pudesse dar-nos oportunidade de falar de vida e de popularidade».

Mário Castrim, numa crítica de televisão no Diário de Lisboa, Maio de 1969.

João Villaret morreu em Lisboa a 21 de Janeiro de 1961. Tinha 47 anos.

O Cinema São Jorge passou a evocar a sua memória em sessões, à hora do almoço, servindo-se dos discos que João Villaret deixara gravados. Não tenho elementos que permitam dizer quando essas evocações começaram e em que ano terminaram. Esta foi a única a que assisti.

Um foco de luz projectava-se sobre o palco que tinha o pano corrido. Tenho uma vaga ideia de haver também uma cadeira com um ramo de flores, mas não garanto. A minha memória já conheceu melhores dias.

À entrada era fornecida a folha que aqui se pode ver e que dava conta dos poemas e dos autores que iríamos ouvir.

O preço era único e a receita do recital destinava-se à Cruz Vermelha Portuguesa.

Na folha podia, também, ler-se que o Cinema São Jorge registava o “amável patrocínio” dado pelo “Diário Popular” e que o Sistema de Alta Fidelidade fora montado pelos Serviços Técnicos de Valentim de Carvalho.

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