No seguimento
do livro Tarrafal que hoje se apresenta em Olhar as Capas.
Pelo Decreto-Lei nº 26.539 de 23 de Abril, durante a ditadura de Oliveira Salazar, é criada uma colónia penal para presos políticos e sociais no Tarrafal, na Ilha de Santiago, no Arquipélago de Cabo Verde que ficou conhecido como o «Campo da Morte Lenta». Totalizavam 152 os primeiros presos políticos que entraram no Tarrafal no dia 29 de Outubro de 1936.
Lia-se no preâmbulo do Decreto-Lei nº 26.539
assinado pelo presidente António Óscar de Fragosos Carmona:
«É
necessário dar execução imediata ao disposto nos decretos nº 23.203, de 6 de
Novembro de 1933, e 24.112, de 29 de Junho de 1934, que prevêem a instalação de
uma colónia penal para presos políticos e sociais no ultramar.
Depois de um reconhecimento
cuidadosamente feito por técnicos a diferentes ilhas do Arquipélago de cabo
Verde, chegou-se à conclusão de que o lugar do Tarrafal, da Ilha de Santiago,
reunia as condições necessárias à instalação desta colónia, sob o ponto de
vista higiénico, de vigilância e de recursos naturais de comunicações
indispensáveis ao seu bom funcionamento.»
Pelo Artº 3º
do Decreto, ficava-se a saber que a colónia terá instalações necessárias para
uma lotação de 500 presos.
Manuel dos
Reis, diretor do campo durante vários anos, recebia os prisioneiros políticos
dizendo «Quem vem para o Tarrafal vem para morrer!»
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