«33…35…Rumo ao Norte»!
Só isto! Nada mais!
E isto quer dizer
a saudade do cais
que se perdeu de vista;
o Mar que se conhece braça a braça
por outro mar sem fundo;
as praias onde andara em pequenino
pelas do Cabo do Mundo,
geladas e tristes;
a mulher possuída realmente
pela mesma mulher
que se quer
e se não tem,
e a voz dum filho nu – continuamente –
debruçado do cais
a pedir pão!
- «33… 35… Rumo ao Norte».
Só isto! Nada mais!
Julho de 1940
Álvaro Feijó
em Os Poemas de Álvaro Feijó
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