Este não é o dia seguinte do dia que foi ontem.
João Bénard da Costa
Será um desfilar de histórias, de opiniões, de livros, de discos, poemas, canções, fotografias, figuras e figurões, que irão aparecendo sem obedecer a qualquer especificação do dia, mês, ano em que aconteceram.
As fotos mostram os dois mais altos representantes da Nação, na cerimónia da 2ª
tomada de posse de Américo Tomás – por um lado felizes da vida, por outro tão
chateados como perús em véspera de Natal.
NUM DIA DE ABRIL, em Ponta Delgada, não foi possível
determinar a data exacta, Melo Antunes, à conversa, com Vasco Lourenço:
“Melo Antunes - Como tu, estou convencido que vamos vencer. Mas o pior virá
depois. Como não tomaremos as medidas necessárias, para defender o nosso
projecto, acabaremos por permitir aos fascistas o seu regresso e a sua
recuperação.
Vasco Lourenço – Não percebo, se pensas que vai ser assim, porque não
tomamos as medidas que consideramos necessárias?
Melo Antunes - O problema é que nós não conseguimos tomar certas medidas. Os
valores em que acreditamos e defendemos não nos permitem isso. Os nossos
adversários, que não têm valores éticos e morais, é que não hesitam em assumir
quaisquer atitudes, desde que isso lhes sirva para os objectivos que pretendem
atingir. Para eles, os fins justificam quaisquer meios.
Vasco Lourenço – Bem, no mínimo, temos que lhes dificultar a vida.”
UMA
BOMBA explodiu a bordo do navio «Niassa» que se encontrava, na Doca de
Alcântara, pronto para partir com um contigente de tropas para a Guerra Colonial. A deflagração do
engenho explodiu num porão adaptado a dormitório de praças, ferindo quatro
militares.
No seu livro “Os Segredos da Censura”, César Príncipe refere que neste dia o Coronel Saraiva determinava para os jornais: “Niassa – já se pode dizer que saiu. Notícia pequena. O barco só largou às 23,00 horas por ter tido necessidade de fazer novas provisões, estragadas pela explosão. Quanto aos nomes dos feridos – NADA!”
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