Há uma profunda
frase de Cesare Pavese:
«Não nos
lembramos de dias, recordamos momentos. A riqueza da vida está nas memórias que
esquecemos.»
Agora é o tempo
de, ainda, amiúde ouvir: «25 de Abril, sempre!»
A Biblioteca da
Casa está cheia de alguns livros que falam do antes e do depois de Abril.
O meu pai com
algum ritmo de tempo, lembrava em finais de conversa:
«Tens de ler
tudo, mas mesmo tudo. Até autores de que não gostas, que são contrários aos
gostos, às ideias que defendes. Não te podes convencer que, estando no meio,
consegues aperceber-te dos dois lados, não. E repetia: ficares no meio é como
dizer «fuzilem à vontade, senhores!»
Tudo isto para
dizer que sentir o 25 de Abril é ler a sua história, conhecer grande parte dos
quotidianos, dos dias do antes e do depois.
Nestes últimos
dias têm aparecido no Olhar as Capas, livros sobre o 25 de Abril, alguns
não tão favoráveis à data, mas fazem parte dos costumes que orientam as vidas.
Já os deveria
ter trazido aqui. Os que apareceram não completam, nem pouco mais ou menos, pelo
que o processo de ir publicando esses livros, irá prosseguir.
Para se poder
dizer «25 de Abril, sempre!» é preciso ler sobre a tal data que nos deu a possibilidade,
apesar de tudo, de sermos gente.
Legenda: Contra capa de 25 de Abril Imagens.
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