Levanta-te e amaldiçoa o tempo -
amanhã tão depressa e quase
nada
para ficarmos juntos até à
escuridão.
Tantas manhãs terrivelmente
lentas
antes de ti, tantas tardes
de retratos
exaustos sobre as mesas,
noites que
nunca abriam fendas para o
sonho; e de
repente os dias a fugirem
como água
de dentro de uma mão,
amanhã tão
depressa. Não te conformes:
amaldiçoa
o tempo. Se for preciso,
grita com Deus -
a mim ouviu-me enquanto te
esperava.
Maria do Rosário Pedreira
de A Ideia do Fim em Poesia Reunida
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