Ontem, aos 93 anos, morreu Chavela Vargas.
O médico que a acompanhou disse que Vargas se recusara a tomar medicamentos que lhe prolongassem a vida. Queria ter uma morte natural.
Amiga de Federico Garcia Lorca, Frida Kahlo e Diego Rivera, gravou mais de 80 álbuns e Pedro Almodovar escolheu canções suas para a banda sonora de alguns dos filmes que realizou.
Éramos todos felizes. Vivíamos um dia de cada vez, sem um centavo, por vezes sem ter o que comer, mas mortos de riso, disse da sua convivência com Frida e Rivera.
Acontece, muitas vezes, só tomarmos conhecimento da obra e da importância de certos artistas, quando eles morrem.
Pode ser que venha a acontecer com Chavela Vargas. Percam uns minutos a ouvir uma qualquer das suas canções e verificarão que ficam com um gosto para toda uma vida.
Comecei por este Volver, Volver e Vargas e, na contra capa do disco, Vargas deixou escrito:
Quando vou a um lugar que gosto, volto para encontrar os que amo. Por isso quis chamar a este reencontro Volver, Volver, com a mesma ternura e magia que pressenti e me esperava. É ao mesmo tempo uma despedida de amor ao povo de Espanha, para poder voltar a reencontrá-lo.
Quem diz Espanha, diz todos os povos do mundo.
Assim será!
Sem comentários:
Enviar um comentário