Sob
o lema Unir a direita, a mobilização convocada pela extrema-direita norte-americana
juntou no sábado, na cidade de Charlottesville, estado da Virgínia,
nacionalistas de direita, supremacistas brancos, neonazis, membros do Klu Klux
Klan vindos de todo o país.
A
marcha, considerada pelo Southern Poverty Law Center, um dos maiores «encontros
de ódio nas últimas décadas nos EUA», surge na sequência da decisão da
Câmara Municipal de Charlottesville de retirar do centro da cidade a estátua de
Robert E. Lee, general confederado na Guerra da Secessão, e de passar a chamar
Emancipation Park ao parque que tinha o nome do general sulista.
Grupos
antifascistas, que apoiam as decisões municipais, organizaram uma manifestação
em resposta às dos supremacistas, tendo-se registado confrontos violentos.
Depois de a Polícia evacuar o Parque da Emancipação, onde os neonazis
pretendiam manifestar-se, uma viatura investiu contra um grupo de
contramanifestantes, abalroando-os e matando uma mulher de 32 anos.
Levando
bandeiras e escudos com simbologia fascista, e brandindo paus e bastões, grupos
de neonazis ainda atacaram vários antifascistas espalhados pela cidade
universitária da Virgínia, bem como alguns jovens e crianças negros que foram
encontrando pelo caminho.
Donald
Trump. De férias num dos seus campos de golfe, aproveitou a sua conta de
Twitter para afirmar:
«Devemos estar todos unidos
e condenar tudo aquilo que o ódio representa. Não há lugar para este tipo de violência
na América. Estejamos Unidos!»
A
mensagem teria de ser outra: uma clara
condenação da acção destes grupos de extrema-direita na cidade de Charlottesville.
Mas
isso seria exigir muito a Trump que, duarnte a campanha presidencial, foi
largamente apoiado por nacionalistas de direita, supremacistas brancos,
neonazis, membros do Klu Klux Klan.
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