A Morte Mora no 14º
Andar
Pat Mc Gerr
Tradução: Elisa Lopes Ribeiro
Capa: Cândido Costa Pinto
Colrcção Vampiro nº 68
Livros do Brasil, Lisboa s/d
As duas coisas
deram-se quase ao mesmo tempo e foi impossível dizer qual delas se ouviu
primeiro, se o grito estridente da mulher ou o baque do corpo esmagando-se no
passeio. Ruídos de passos precipitados convergiram imediatamente para o ponto
da queda. Era mais da meia-noite, num bairro tranquilo de Nova Iorque, para lá
da Rua 55, perto de East River e muito longe das luzes resplandescentes da
Broadway. Mas, em menos de dois minutos, formou-se um ajuntamento tumultuosos à
volta do corpo.
- Caíu quase em
cima de mim, quase em cima, quese em cima… - repetia a mulher que soltara o
grito, num tom crescente de histeria.
- Exactamente! –
confirmou o companheiro, muito mais calmo. – O corpo bateu no chão mesmo na
nossa frente, Se a Mabel eu fôssemos um pouco mais depressa…
- Devia haver uma
lei! – declarou gravemente o homem gordo que fumava cachimbo. – Se as pessoas
querem matar-se desta maneira, isso é lá com elas… mas com a condição de terem
primeiro a certeza de que não passa ninguém cá em baixo! Lembram-se do que
aconteceu, há dois anos, àquele carteiro? Ficou logo esborrachado, só porque um
maluco decidiu deitar-se da janela abaixo. É caso para agente perguntar para
que serve a polícia, se não pode evitar casos destes.
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