16 de Setembro de 1969
Ouvi, agora,
transmitido pela rádio, Dido e Eneias
de Purcell. Sensação, como sempre, da Hora da Morte.
17 de Setembro de 1969
Fui a Lisboa.
Recebi as provas de Tempo Escandinavo.
Todo o dia sem
música. Cheguei a casa feliz, e abri a Rádio.
A atmosfera para
mim compõe-se de oxigénio, azoto e música.
18 de Setembro
Toda a manhã a
ruminar as provas… Descoberta arrepiante de muitas palavras mortas.
Com que sopro se
ressuscitam?
José Gomes Ferreira em Livro das
Insónias Sem Mestre VIII volume dos Dias Comuns.
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