O Círculo Vermelho
Edgar Wallace
Tradução: Darcy Azambuja
Capa: Cândido Costa Pinto
Colecção Vampiro nº 45
Livros do Brasil, Lisboa s/d
«E ainda bem que ele
não me fez a corte» monologou a rapariga, sorrindo. Nem sequer podia imaginar
Froyant perseguindo uma mulher. Lembrou-se das longas jornadas durante as quais
devia seguir o velho, com o seu cachimbo na mão, enquanto ele ia de sala em
sala, verificando as pratas, examinando os tapetes, passando os longos dedos
ossudos sobre o mármore polido das «étagères».
Ele media o vinho
a ser servido em cada refeição e contava as garrafas vazias e até as rolhas.
Gabava-se de poder constatar a ausência de uma flor no grande jardim da sua
«villa». Mandava regularmente para o mercado pêssegos e peras dos seus pomares
e fazia cenas terríveis com o jardineiro pouco consciencioso que lhe comesse
uma maçã, porque o seu instinto o levava infalivelmente a surpreender esses
crimes.
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