Desde que começou a invasão da Ucrânia pela Rússia, a SIC mantém um programa, a que chama Guerra Fria, onde Nuno Rogeiro e José Milhazes dissertam sobre os acontecimentos que por ali se vivem.
São critérios editoriais, o direito à informação o que
lhe quiserem chamar.
Andando por alguns blogues que visito, encontrei no Abril/Abril este texto que fala por si:
«Esta terça-feira, com um cartaz da Festa do «Avante!» como fundo, ouvimos, no Jornal da Noite da SIC, o Milhazes exigir «a explicação da participação de determinados artistas na Festa do "Avante!"» e, à boa maneira da PIDE, citar os nomes de Jorge Palma, Rui Reininho, Paulo de Carvalho, Tim, Mísia, Carolina Deslandes e Rodrigo Leão. Não se dando conta que estamos em 2023, e não nos anos 60, Milhazes não aceita que os artistas que vão participar na Festa do «Avante!» digam, por exemplo, «que se trata de uma mera festa cultural» ou «que estão ali para darem um espectáculo».
Não, não, ele quer proibi-los de ir à Festa
e, com esta sua acção pidesca, procura acossá-los e colocar-lhes um rótulo, à
boa maneira comportamental dos fascistas alemães com os judeus. Aliás, este tal
Milhazes, falando da acusação que lhe fizeram o ano passado de «querer proibir
a Festa do “Avante!”», acabou a dizer «não sei se algum dia vou ter poderes
para tal coisa». Percebem?
O grupo Impresa tem como compromisso
contribuir «diariamente para uma sociedade livre, esclarecida e independente»,
mas os seus fundadores e responsáveis, nomeadamente o seu director-geral de
informação, não se podem esconder atrás destes slogans. Muito menos dar guarida
a inimputáveis que, como Milhazes no Jornal da Noite desta terça-feira, afirmam que o
"regime de Putin" é «de extrema-esquerda». Todos nos lembramos que
nos tempos de Salazar e Caetano os que se lhe opunham e reivindicavam melhores
condições de vida e de trabalho eram apelidados de comunistas e, em muitos
casos, presos e torturados.
Depois, não digam que ninguém avisou!»
2 comentários:
Milhazes a cada duas frases bolça ódio
O país num esterco de onde muito dificilmente sairá.
Se sair, já não estou cá para ver…
Hélas!...
Não há palavras para definir o que aquela tropa fandanga da SIC faz com aqueles execráveis deficientes mentais e mais qualquer coisa…
São os livros que me vão valendo nestes tempos difíceis.
Lembrei-me do poeta José Gomes Ferreira:
«E foi para esta farsa
que se fez a revolução de Abril, capitães,
ao som das canções de Lopes-Graça?
Foi para voltar à fúria dos cães,
ao suor triste das ceifeiras nas searas,
as espingardas que matam os filhos as mães
num arder de lágrimas na cara?
E, no entanto,
no princípio, todos ouvíamos uma Voz
a dizer-nos que a nossa terra poderia tornar-se num pomar
de misteriosos pomos.
E nós,
todos nós, chegámos a pensar
que éramos maiores do que somos.»
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