O Dia Mundial do
Refugiado foi assinalado pelas Nações Unidas na terça-feira.
Não vi, também não
procurei muito, quais as manifestações – se é que isso interessa para a resoluçãp
dos problemas!.... - que as Nações
Unidas ou a Europa dedicaram à
efeméride.
O que sei é que,
nesta semana, as televisões passaram horas e horas, tantas e tantas horas a
exibir uma novela de 5 milionários perdidos numa cápsula em que se meteram para
observarem os destroços do Titanic
naufragado em 1912.
Em junho deste ano, os dez norte-americanos mais ricos
possuíam conjuntamente um património líquido de 1,005 biliões de dólares (910
mil milhões de euros). Esse valor supera o PIB combinado dos 106 países mais
pobres do Mundo, que é de 998,2 mil milhões de dólares (908,7 mil milhões de
euros).
Na quarta-feira dia 21, coloquei aqui um Postal Sem Selo com uma frase de Sholom Aleichem:
«Meu caro Yankel: pedes-me que te escreva uma carta longa, mas de facto não há muito para dizer. Os ricos continuam ricos e os pobres estão a morrer de fome, como sempre. O que é que isso tem de novo?»
Um manto de silêncio
envolve estas tragédias.
As autoridades marítimas declaram que não têm meios suficientes para ajudarem esta gente deseperada que busca uma qualquer ponta de esperança para as suas miseráveis vidas e que são vítimas da ganância de mafias a que as diversas polícias não conseguem – não querem? – pôr um fim.
Face às tragédias que ocorrem no Mediterrâneo, para além das autoridades marítimas, o dedo acusador também é apontado às autoridades europeias que em sucessivos e longos anos têm ignorado a situação e não conseguem criar condições, monetárias e outras, que impeçam estas angustiantes mortes.
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