Três Homens Num Bote
Ferome K. Jerome
Tradução: Dr. João de Barros e Dulce Queiroz de Barroa
Editorial Século, Lisboa s/d
Vivi em tempos com um tipo que tinha o dom de me irritar. Madraçava estendido no sofá, a ver-me fazer várias coisas, horas a fio, seguindo-me com o olhar para qualquer lado que eu me voltasse. Dizia ele que lhe fazia bem ver-me assim em movimento. Aprendia melhor que a vida não é um sonho vão, em que se passa o tempo a sorrir aos anjinhos, mas sim uma nobre tarefa, cheia de deveres e trabalho austero. E acrescentava que, desde então, nem compreendia como pudera passar algum dia sem mim, isto é, sem ter alguém a trabalhar para ele ver.
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