domingo, 3 de janeiro de 2016

OUTROS NATAIS


O sultão Hassanal Bolkiah, que governa o Brunei desde 1967, um dos mais pequenos e mais ricos países do mundo, proibiu no ano passado toda e qualquer comemoração do Natal com o argumento de que "prejudica a religião" islâmica".
A interdição de celebrar o nascimento de Jesus, e de todo o seu significado para os cristãos, foi acompanhada de medidas concretas, como a aplicação de multas elevadas e a condenação a penas efetivas de prisão, que podem ir até aos cinco anos. Foram proibidas as decorações no interior das casas, o uso de barretes natalícios e as saudações típicas da época porque "afastam os crentes muçulmanos do caminho justo", lê-se no decreto da interdição.
Desde 2009 que as celebrações natalícias eram assinaladas de forma muito discreta, após a aplicação da lei islâmica no sultanato. A decisão do sultão segue-se à entrada em vigor de um novo código penal em maio de 2014 totalmente moldado pelo direito islâmico. Neste prevê--se, por exemplo, a interdição da venda e consumo de bebidas alcoólicas, a lapidação de adúlteros e o corte de uma das mãos aos ladrões. Atualmente, o Brunei é o único país do Sudeste Asiático a aplicar a lei islâmica.

Fonte: Diário de Notícias

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