segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

POSTAIS SEM SELO


E a gente chora porque quer agradecer, claro, dançar o que ele dançou, cantar o que ele cantou, contar como foi para nós, como fomos felizes por um instante, heróis por um dia, aquela noite em que um disco salvou a nossa vida, as noites em que afinal não morremos, as manhãs em que já éramos outros. Fazemos aquilo que os vivos fazem aos mortos: para os tornarem imortais, e para continuarmos vivos.

Alexandra Lucas Coelho no Público.

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