quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

BOLOR


Augusto Abelaira foi buscar a um poema de Carlos de Oliveira o título do seu romance Bolor e utiliza o poema como epígrafe.

O poema, um lindíssimo poema, chama-se Bolor, faz parte de Cantata (1960) e está reunido em Poesias e também no  1º Volume de Trabalho Poético:

Os versos
que te digam
a pobreza que somos
o bolor
nas paredes
deste quarto deserto,
os rostos a apagar-se
no frémito
do espelho
e o leito desmanchado
o peito aberto
a que chamaste
amor

Legenda: fotografia de Dorothea Lange

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