quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

QUOTIDIANOS


Diz a sabedoria popular que entre dois males, é melhor morrer de bêbado do que morrer de sede.

Ou como diria Baptista-Bastos: a bebida facilita o movimento dos mecanismos da cordialidade.

A mexer em papelada velho dei com uma receita de Irish Cream que, afiançaram-me é a verdadeira…  a legítima.

Pelo menos é melhor que essas mistelas que nos impingem nos supers, com nomes como carolans, baileys.

Resolvi partilhá-la:

3 ovos
¼ litro de natas
1 lata de leite condensado
2 colheres de chá de Nescafé
½ colher de essência de coco
2 colheres de chá de chocolate em pó.
1 ½ chávena de whisky

Misturar tudo muito bem num copo misturador e engarrafar.

Nunca beba sozinho se pode beber acompanhado.

O radialista Mário Dias, há muitos anos na TSF, dizia numa recente entrevista que 
ir sozinho para os copos já não lhe agrada.

Depois de montes de anos a beber copos sozinho ou mal acompanhado, fui mudando.

Chame alguém.

Ponha a rodar um disco dos Pogues, ou Chiefatians, Van Morrison, ou  por-aí-fora-irlandesmente-falando.

Por fim:

Ame os fumadores e adore os ébrios.

Não esqueça que não será feliz enquanto não possuir todos os vícios.

E recorde aquele diálogo entre o Frank Sinatra e a Kim Novak no filme O Querido Joey:

Frank: porque é que as pessoas bebem tanto se no dia seguinte é tão mau?

Kim: É porque é tão bom na noite anterior.

Já andamos às voltas com este 2016.

Afigura-se, apenas isso, não tão complicado como o de 2015.

Nestas coisas, é sempre bom colocar fasquia baixa.

No meio da borrasca, qualquer salpico de sol é um bem inultrapassável.

Convém não esquecer que não conseguimos fazer da vida mais do pouco que ela é.

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