Deitamo-nos juntos na noite ilegal
trespassados por faíscas de prata
Talvez fôssemos sem saber nessa hora
a senha aguardada por mundos futuros
Talvez desvendássemos um centro para as rosas
e agora é de lá que partem os comboios
a decidir o curso dos impérios
Pouco importa que tenha chegado a aurora
aos bares que cumprem o horário nocturno
e o cheiro dos desinfectantes mostre
como se apagam
os vestígios do amor
José Tolentino Mendonça em Resumo: a poesia em 2012
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