O que é uma cidade sem livrarias?
Só os
loucos fazem estas perguntas. O resto não se importa com isso, com o que quer que seja,
Sou do
tempo em que a cidade tinha livrarias, que havia livreiros que amavam os livros
e disso faziam o seu mundo.
Continuo
com saudades do José Duarte.
Tão
cedo irei largar os livros que nos deixou.
Hoje,
recordo um final de texto do «Jazzé e
Outras Histórias». Tem por lá uma frase maravilhosa, única:
«… lia-se mais, lia-se melhor…»
O
texto está na página 75:
« Agora já se pode escrever (poder-se-á) que naquela esquina nos anos 50 para os 60 havia livreiros com livrarias resistentes. Sempre que entro na «Barata» as recordo: a própria «Barata» pequenina, a cultura, sim a «Cultura» ali ao pé do Liceu Camões. E o medo à saída com os livros embrulhados debaixo do braço e o medo em casa com eles ainda meio-escondidos… Lia-se mais, lia-se melhor, aprendia-se, estava-se na idade.»
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