à Alexandra
Dir-te-ão que era o ódio sobre
a paz dir-te-ão
algumas palavras sobre a
pátria. Inventarão heróis
porque de heróis necessita quem teme o canto anónimo
de iguais. Exigirão que apagues os olhos da memória
o grito onde vivemos saudosos do futuro.
Tu saberás porém do coração maior que o sonho.
Dirás dos erros o seu nome de história
onde nada estava feito. Colherás com as mãos
que o sol tocou porque eram limpas e pequenas
essa flor desfolhada às portas de Dezembro.
Manuel Alberto Valente em Os Olhos de Passagem
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