Agustina
Bessa-Luís está sobrevalorizada na Literatura Portuguesa.
Na sua morte,
ocorrida há dias, a genialidade foi chamada diversas vezes.
Os seus pares e
os jornalistas esgotaram os adjectvos.
No fundo,
Agustina tinha razão: era mais conhecida que lida.
Mas José Carlos
de Vasconcelos no JL adianta que Agustina, só houve, só há, uma.
Vasco Pulido
Valente, na sua expressão venenosa, resume a sua morte em meia- dúzia de linhas
publicada no Público:
«Morreu Agustina e teve justamente uma aclamação
nacional. Peço desculpa de me excluir da imensa multidão dos seus devotos.
Enquanto ele era celebrada na Sé Catedral do Porto, os litterati comentavam o facto lamentável
de ela não ser também um grande autor internacional. Porque será? Porque
Agustina é uma filha de Entre Douro e Minho, que nunca percebeu o que ficava
para lá das fronteiras em que sempre se fechou. Nós podemos, como portugueses,
ter uma certa inclinação por ela. Partilho o gosto pela retórica. Mas nunca
consegui desculpar a ausência de arquitectura dos romances, nem a prosa
imperdoavelmente irresponsável, como diria Borges. Assim vai o mundo.»
Legenda: capa do
JL nº 1270, de 5 a 15 de Junho de
2019.
1 comentário:
Mal "acomparado" faz-me lembrar o presidente do SLBenfica a fazer do miúdo Félix (apenas um bom jogador) o próximo bola de oiro e o sucessor do CRonaldo....
Enviar um comentário