terça-feira, 4 de junho de 2019

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Dos Cadernos do Meio-Dia saíram, entre Abril de 1958 e Fevereiro de 1960. cinco números. 
Numa ida ao Porto, talvez Abril de 1960, arranjei um tempinho, fora das tarefas que à cidade me levaram, e dei um salto à Livraria Divulgação, então na Rua de Ceuta nº 88.
Consegui encontrar 4 volumes dos Cadernos do Meio-Dia. Falta-me o nº 4 porque se esgotara.
Cada caderno custou 7$50.
Esta é a contra capa do nº 3 dos Cadernos onde se podem ler os nomes  dos colaboradores que, para este número, enviaram poesias, textos e críticas.
António Ramos Rosa faz crítica ao livro O Amor em Visita de Herberto Helder, publicado pelas Edições Contraponto do nosso muito conhecido Luiz Pacheco.
A crítica termina assim:
«Estamos em frente dum poeta autêntico que se pode situar entre os melhores da mais nova geração. Este livro, para o qual havíamos sugerido um título mais adequado, «Canto Nupcial», é, na verdade, um magnífico hino à Mulher e o poema processa-se com um ritual de amor. Com Herberto Helder, não tememos dizê-lo, surge uma nova dimensão poética, profundamente pagã e patética, uma violência genuína e não provocada, com fundas raízes no instinto, que só a sua maravilhosa música sabe flectir como esse «torso dobrado pela música».

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