Dos Cadernos do
Meio-Dia saíram, entre Abril de 1958 e Fevereiro de 1960. cinco números.
Numa ida ao Porto,
talvez Abril de 1960, arranjei um tempinho, fora das tarefas que à cidade me levaram, e dei um salto à Livraria Divulgação, então na Rua de Ceuta nº 88.
Consegui
encontrar 4 volumes dos Cadernos do Meio-Dia. Falta-me o nº 4 porque se
esgotara.
Cada caderno
custou 7$50.
Esta é a contra
capa do nº 3 dos Cadernos onde se podem ler os nomes dos colaboradores que, para este número,
enviaram poesias, textos e críticas.
António Ramos
Rosa faz crítica ao livro O Amor em Visita de Herberto Helder, publicado pelas
Edições Contraponto do nosso muito conhecido Luiz Pacheco.
A crítica
termina assim:
«Estamos em frente dum poeta autêntico que se pode
situar entre os melhores da mais nova geração. Este livro, para o qual havíamos
sugerido um título mais adequado, «Canto Nupcial», é, na verdade, um magnífico
hino à Mulher e o poema processa-se com um ritual de amor. Com Herberto Helder,
não tememos dizê-lo, surge uma nova dimensão poética, profundamente pagã e
patética, uma violência genuína e não provocada, com fundas raízes no instinto,
que só a sua maravilhosa música sabe flectir como esse «torso dobrado pela
música».
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