Um comunista é um homem como outro qualquer; com
excessos e depressões, temeridades e fraquezas, um tanto de sangue nas veias,
cinco sentidos e inteligência mais ou menos desenvolvida. Gramsci repete
precisamente que “o Partido é a guarda-avançada consciente do proletariado” e
que o dever do militante é estar particularmente instruído sobre cada
circunstância determinada. Tudo marcha na perfeição quando se trocam ideias e
há combinação, mas quando alguém está só, em intimidade com os seus instintos e
com a consciência ainda não moldada, fortalecido apenas com os seus ódios e os
seus amores, é fácil andar fora da “linha do Partido”.
Vasco Pratolini em Crónica dos Pobres Amantes
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