domingo, 30 de junho de 2019

OLHAR AS CAPAS



O Verão 80

Marguerite Duras
Tradução: João Costa
Capa: A. Pedro
Colecção Dois Mundos nº 184
Livros do brasil, Lisboa, 1990

Portanto. Aqui está, escrevo para Libération. Encontro-me sem tema para o artigo. Mas talvez não seja necessário. Creio que vou escrever a propósito da chuva. Chove. Desde quinze de Junho que chove. Deveria escrever-se para um jornal como se caminha na rua. Caminha-se, escreve-se, atravessa-se a cidade, fica atravessada, cessa, a caminhada continua, do mesmo modo atravessa-se o tempo, uma data, um dia, e depois, fica atravessado, cessa. Chove no mar. Nas florestas, na praia vazia. Não há os chapéus de sol mesmo fechados do Verão.

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