O Verão 80
Marguerite Duras
Tradução: João
Costa
Capa: A. Pedro
Colecção Dois
Mundos nº 184
Livros do
brasil, Lisboa, 1990
Portanto. Aqui está, escrevo para Libération. Encontro-me sem tema para o
artigo. Mas talvez não seja necessário. Creio que vou escrever a propósito da
chuva. Chove. Desde quinze de Junho que chove. Deveria escrever-se para um
jornal como se caminha na rua. Caminha-se, escreve-se, atravessa-se a cidade,
fica atravessada, cessa, a caminhada continua, do mesmo modo atravessa-se o
tempo, uma data, um dia, e depois, fica atravessado, cessa. Chove no mar. Nas
florestas, na praia vazia. Não há os chapéus de sol mesmo fechados do Verão.
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