quinta-feira, 6 de junho de 2019

A MEDIDA DE WALL STREET


Temos as melhores cerejas do mundo.
As melhores das melhores são exportadas para que os «mon cherie» que se comem pelo mundo, tenham aquele toque tão especial.
Sobre cerejas, Agustina tem uma tirada interessante. Conto a história:
Artur Portela Filho perguntou à escritora se a cultura portuguesa é, Portugal, e só, em que medida é Europa, em que medida é Mundo. Respondeu-lhe a escritora:

«Evidentemente que Portugal é Europa. Mas uma Europa de refugiados, um lugar mantido em independência para servir de exílio a vencidos e enganados. Uma Suiça doutro, onde nada se agita e tudo se murmura. Portugal foi mundo de mercadores, pátria para imigrados, delícia dos tímidos e calamidade para santos e perversos. Para o meio termo é boa casa, e não digo em sentido pejorativo, muito pelo contrário. E Alijó, no tempo das cerejas, tem a medida de Wall Street.»

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