Há quem defenda
que a Feira do Livro devia sair do Parque Eduardo VII.
Por causa
daquele sobe-e-desce, também pelo vento, pelo sol, pela chuva.
Que a escolha poderia
recair num espaço fechado.
Não estou nada
de acordo.
Gosto que ela
esteja ali.
Pelos jacarandás.
Por aquela nesga
de Tejo que, lá do alto se consegue vislumbrar.
Para mim, a
única coisa chata que a Feira tem, é essa parvoeira aberrante que as Leyas, as
Porto Editora, as Bertrand arranjaram com aqueles condomínios de praças e
pracinhas, com seguranças e sensores que apitam por tudo e por nada e levam o cidadão
a provar que não gamou nenhum livro. Ao passo que em outras editoras pagamos os
livros no próprio stand, com aquela rapaziada temos que ir para uma fila enorme
de compradores que quase dá vontade de deixar os livros e zarpar dali para
fora.
No topo do
texto, o stand da &etc. sem a presença do Vitor Silva Tavares.
É um recordar
das muitas conversas que, durante muitas feiras, com ele tive, a fotografia é um clássico que nunca
deixo de registar.
A Feira fechou
ontem portas.
Como dizia o Francisco Vale, editor da Relógio d’Água:
«Na década de
90, despedia-me por vezes de colegas na Feira do Livro de Lisboa com um «até
para o ano, se ainda houver livros».
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