segunda-feira, 17 de junho de 2019

A FESTA DO LIVRO


Há quem defenda que a Feira do Livro devia sair do Parque Eduardo VII.

Por causa daquele sobe-e-desce, também pelo vento, pelo sol, pela chuva.

Que a escolha poderia recair num espaço fechado.

Não estou nada de acordo.

Gosto que ela esteja ali.


Pelos jacarandás.


Por aquela nesga de Tejo que, lá do alto se consegue vislumbrar.

Para mim, a única coisa chata que a Feira tem, é essa parvoeira aberrante que as Leyas, as Porto Editora, as Bertrand arranjaram com aqueles condomínios de praças e pracinhas, com seguranças e sensores que apitam por tudo e por nada e levam o cidadão a provar que não gamou nenhum livro. Ao passo que em outras editoras pagamos os livros no próprio stand, com aquela rapaziada temos que ir para uma fila enorme de compradores que quase dá vontade de deixar os livros e zarpar dali para fora.

No topo do texto, o stand da &etc. sem a presença do Vitor Silva Tavares.

É um recordar das muitas conversas que, durante muitas feiras, com ele tive, a fotografia é um clássico que nunca deixo de registar.

A Feira fechou ontem portas.

Como dizia o Francisco  Vale, editor da Relógio d’Água:

«Na década de 90, despedia-me por vezes de colegas na Feira do Livro de Lisboa com um «até para o ano, se ainda houver livros».

Sem comentários: