Lembram-se que ele ter confessado que o blogue andava a passar por momentos pouco claros e prometia um ultrapassar de barreiras?
Conversa mole e, no fundo dos fundos, nem ele próprio acreditava no que
dizia.
É certo que no meio da caminhada recuperatória aconteceu a tempestade
que transformou o Benfica num saco de boxe em que todos aparecem a dar murros e
pontapés.
Mas nem isso o desculpa porque de há muito sabia, juntamente com
milhares de benfiquistas, que o clube estava a entregue, há largos anos, a um
gangue de mafiosos.
O crápula já pediu a demissão.
Os restantes estão à espera de quê?
Apenas lamentará a circunstância de a justiça, por falta de meios, ou
vontade?, não lançar uma enorme varredela na corrupção que grassa no futebol.
Num seu livro, Alexandra Alpha, um livro não muito cativante,
José Cardoso Pires, tem este desabafo:
«Isto não é um país, é um sítio mal frequentado».
1.
As pessoas estão
cansadas com as restrições impostas pelo governo?
Imagino que sim,
todos estamos, isto tem sido um imenso sofrimento.
Continuo a não
entender a relutância em que milhares de pessoas caíram, ao ponto de não
quererem ser vacinadas.
Estarão cansadas de viver?
2.
Caiu o Carmo e a Trindade quando Cristiano Ronaldo, na sua penthouse
lisboeta, sem pedir licença a ninguém, construiu uma marquise?
Os arquitectos do edifício sentiram-se chocados, o clã Ronaldo disse
que isto era uma palhaçada de país.
Não sei se alguém um dia disse aos arquitectos que o edifício é um
horror ambiental e não seria a marquise CR7 que está fora da situação: é todo o
edifício!
A chinfrineira foi muita mas de repente aconteceu o silêncio.
Nunca mais ninguém falou do atentado marquisiano.
Terão circulado envelopes com notas ronaldianas?
O Dudu, no café do bairro, chegou a dizer que o CR7 ameaçou não jogar na selecção se continuassem a embirrar com a marquise.
Sarri, que foi treinador de Cristianos Ronaldo na Juventus, chegou a
dizer:
«Gestão de Ronaldo não é fácil. Ele é uma multinacional»
3.
«Sentado ao fogo, junto da minha mulher, inquilina da minha solidão,
recordo os anos da juventude. Nessa altura, o mosto fermentava nas caves da
idade, e nós aguardávamos o vinho maduro com a impaciência dos sóbrios. Tudo
foi preparação. Os enforcados amavam as nossas travessias, as mães rezavam com
as mãos postas sobre o linho corrompido pelo sal. Onde as aves desertavam,
erguíamos um templo de suspeita e sedução. Eram os dias do amor e do
arrependimento. Hoje sei que a embriaguez é só esta indiferença com que
pressinto o sangue nos dedos da minha mulher, que borda, e que a sabedoria nos
abandona no fim. Ainda esta noite comungarei com deus. Amanhã serei as uvas
frescas na videira.
Sentado ao fogo, junto da minha mulher, inquilina da minha solidão, recordo os
anos da juventude. Nessa altura, o mosto fermentava nas caves da idade, e nós
aguardávamos o vinho maduro com a impaciência dos sóbrios. Tudo foi preparação.
Os enforcados amavam as nossas travessias, as mães rezavam com as mãos postas
sobre o linho corrompido pelo sal. Onde as aves desertavam, erguíamos um templo
de suspeita e sedução. Eram os dias do amor e do arrependimento. Hoje sei que a
embriaguez é só esta indiferença com que pressinto o sangue nos dedos da minha
mulher, que borda, e que a sabedoria nos abandona no fim. Ainda esta noite
comungarei com deus. Amanhã serei as uvas frescas na videira.»
João Moita
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