No dizer de Luiz Pacheco, existem «os jardins fantásticos da cidade mais bela
de todas as cidades do mundo» e cita o Jardim Constantino como sendo um
desses jardins.
O Jardim Constantino também foi o jardim
fantástico do José Cardoso Pires e, por arrasto, Lisboa também:
«Lisboa,
vista do outro lado do mundo, tem muito que se lhe diga. Eu que já a vi,
sentado na esplanada de um hotel de Colombo, sei bem o trabalho que isso dá
porque mete muita História e paciência, e sobretudo muita cortesia.»
Às quartas-feiras no Jardim Constantino,
meia-dúzia de alfarrabistas estendem os seus escaparates com livros, revistas e
o que mais calhar.
Volta e meia passo por lá, dou uma vista
de olhos pela livralhada e volto a espantar-me como se publica tantos e tantos
livros que não sei se terão leitores. Muitos deles ocuparam, continuam a
ocupar, espaço nas livrarias em detrimento de outros livros, provavelmente de
outros interesses que não os dos livreiros que, normalmente apostam em
jogadores de futebol, em «pivots» de telejornais em vedetas de novelas.
Existe uma certa serenidade naqueles
vendedores que, uma vez por semana, se encontram no Jardim Constantino, talvez em
outros lugares.
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