segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

DISTO, DAQUILO E DAQUELOUTRO

Gosto de futebol.

Aos 5 anos, com o meu avô, rumámos ao Campo Grande, na velha «estância de madeira», e aí vi o primeiro jogo em que o Benfica defrontou o Vitória de Setúbal. Na memória ficou que o Benfica ganhou, o Setúbal tinha um avançado centro negro, de seu nome Melão, do Benfica ficou gravada a bonita e elegante figura de José Águas.

Ao longo de todos estes anos, vi os melhores jogadores do mundo, lembrarei sempre o Mundial de 1966, aquele jogo do Eusébio contra a Coreia do Norte.

Vou-me desiludindo com os caminhos que o futebol vai percorrendo e já pouco ou nada me entusiasma.

Ando a arrumar papéis velhos e dei com recortes que registam a morte de George Best, possivelmente, a primeira superstar do futebol mundial.

No dia da sua morte, os jornais ingleses realçaram as várias exibições memoráveis George Best e, como uma das mais brilhantes, lá vinha os quartos de final da Taça dos Campeões Europeu, em 1966. Na Luz, a rebentar pelas costuras, Best marcou dois dos cinco golos com que o Manchester presenteou o Benfica. Eu estive lá!

Dois anos depois, a final dos Campeões Europeus no Estádio de Wembley, 1 a 1 no final do jogo mas a segundos desse final, o Simões falha, à boca da baliza o segundo golo e, no prolongamento, o George Best marcou o 2º golo que terminaria com o resultado de 4 a 1.

Nesse ano de 1968, Best tinha 22 anos, estava no pico da sua carreira, glória do Manchester United e da selecção da Irlanda, os seus colegas de equipa diziam que não havia nada que ele não conseguisse fazer em campo, que não havia posição no terreno que lhe fosse incómoda. Mas começou a chegar tarde e a faltar aos treinos. Álcool, mulheres, noites que acabavam mal, algumas atrás das grades nas esquadras de polícia.

Disse:

«Na minha vida gastei montanhas de dinheiro em mulheres, vinhos e carros rápidos. O resto desperdicei…».

Um dia, Best sintetizou exemplarmente a sua vida:

«Na América vivia numa casa perto da praia. No caminho para lá, havia um bar, por isso nunca chegava à água.»

Também desmentiu um célebre rumor da época, segundo o qual tinha dormido com sete misses Mundo: «Foram só quatro!»

Legenda: fotografia na primeira página e destaque na 2ª e seguintes do Público de 26 de Novembro de 2005.

1.

A fuga de impostos das multinacionais custa 2,9 milhões de euros por dia.

2.

Os Açores, a Madeira, o Alentejo e o Algarve são as regiões portuguesas com taxas de mortalidade mais elevadas.

3.

Foi ajustada a idade da reforma sem penalizações para o ano de 2027: serão quase 67 noas (66 e 11 meses), mais dois meses do que em 2026. É o valor mais alto de sempre, um recorde que, ao que tudo indica, será batido ano após ano enquanto a esperança média de vida continuar a subir.
Lembrem-se que mais anos de vida não significa necessariamente mais anos com qualidade de vida.

4.

                        

A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de Dezembro, em resposta ao anteprojecto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.

O governo apenas tem debitado as banalidades do costume!

5.

Desde o início do ano, Portugal perdeu 37 ecrãs de cinema e está em vias de ver extinguirem-se mais nove, num total de 46.

6.

Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto do Vinho e da Vinha, disse a Pedro Garcias do Fugas do Público que «Portugal produz vinho em quantidade suficiente para as suas necessidades, mas, mesmo assim importa mais de 299 milhões de litros a Espanha.»

Não sou especialista, mas entendo que estas misturas de uvas não ajudam à qualidade e sabor do vinho e, possivelmente, ao preço.

Talvez por isso os vinhos alentejanos, tinham um sabor que hoje não encontro. 

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