«A opinião pública europeia foi enganada durante três anos e meio sobre as causas da guerra da Ucrânia e a situação no campo de batalha. Perante a impossibilidade de sanções secundárias contra a Rússia, pressionado pela sua base eleitoral, a quem prometeu acabar depressa com o conflito (mas também pela escassez de munições), Donald Trump mudou subitamente a estratégia americana e decidiu fazer um acordo com Moscovo. Os países europeus estão em pânico, mas ajudaram a escavar o buraco onde agora se encontram presos. A Europa podia ter negociado com o Kremlin muito antes, mas insistiu em prolongar uma guerra que a Ucrânia não podia vencer. Zelensky é uma figura trágica, não tem cartas na mão, será responsabilizado pela maior calamidade sofrida pelo povo ucraniano nos últimos setenta anos; terá de aceitar a neutralidade, perdas territoriais e garantias frágeis. A alternativa a um mau acordo é a saída dos EUA do conflito, inaceitável para todos. Os europeus sabem que não podem continuar sem os americanos e terão de aceitar um entendimento com a Rússia. A realidade tem este péssimo hábito de destruir as melhores ilusões: a guerra acaba, a Rússia sai vencedora, a Ucrânia será um Estado-tampão e os líderes europeus terão de começar a explicar o que fizeram.»
Luís
Naves
1.
Não temos o
hábito, deveria ser uma obrigação, de conhecer a história do país, a antiga, a
de tempos recentes
É necessário ler
o que nos possa chegar às mãos.
Em tempos
ditadura, com a morte de Salazar, sucedeu Marcelo Caetana e alguém inventou a
frase «primavera marcelista»
Uma falácia,
como tantas outras.
A Loja Frenesi,
pelo preço de 50 euros, tem à venda «Conversas Com Marcelo Caetano» da autoria
de António Alçada Baptista.
Paulo da Costa
Domingos, o dono da Loja, explica:
«Este livro,
engendrado já no declínio, senão no estertor, do regime fascista, assume o
estilo de um ex-aluno «respeitador» e «admirado» em amena troca de impressões
gerais com o seu antigo professor. Mas tais generalidades passam um pouco ao
largo da governação de um país a ferro e fogo policial, que é o que acontece
quando o poder sente o chão a fugir-lhe de debaixo dos pés. Pode dizer-se que,
apesar da dissimulada ambição, Alçada Baptista – que fôra, dez anos antes, o
fundador da revista O Tempo e o Modo – nunca possuiu o fulgor
atrevido de um António Ferro em diálogo com Salazar, que é o que acontece
quando os consensos de uma época empurram a passos desordenados para o fim.
A título de
exemplo, uma passagem:
Sinto que, para Marcello Caetano, a política é muito mais uma “arte” do que uma “ciência”: uma estratégia de conter o real que resulta das concretas motivações dos homens num determinado tempo da história, no pressuposto inabalável de que eles, neste domínio, quase nunca se movem segundo as “rectas intenções”. Daí que, desgraçadamente, o fenómeno político reflicta, afinal, o denominador comum da nossa humana banalidade. Donde, a consequência duma dualidade inevitável: de um lado, um universo pessoal povoado de valores tradicionais que se reflectem num comportamento pessoal à base das “antigas virtudes”: trabalho, exigência interior, vida espiritual, honestidade pessoal, austeridade; do outro, um universo social cujas virtudes são as “virtudes” da guerra, perante um inimigo que, no seu entender, está disposto a tudo, e a quem não podemos oferecer a vantagem dos nossos princípios pessoais. E que seriam esses princípios, de que o homem completamente se desinteressou, que, a serem colectivamente vividos, poderiam modificar um dia as regras dum jogo que, ainda no seu entender, os outros quiseram assim. [...]» – Alçada Baptista, há que sublinhá-lo, está a referir-se ao segundo Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa, organização para-militar émula da “juventude hitleriana...»
2.
«O Ministério da Saúde promoveu uma conferência de
imprensa para falar da prevenção e tratamento, pedindo a quem não se vacinou
para se vacinar e para se usar máscara em espaços fechados. Senão, o aumento de
casos às urgências e respetivos internamentos levarão “à interrupção das
cirurgias menos urgentes”. Xavier Barreto e Carlos Cortes criticam Governo por
que isto é o que acontece todos os anos e “estamos exatamente na mesma
situação”».
3.
Hoje, em
Portugal, 1,9 milhões de pessoas, cerca de 18,6% da população , estão em «risco
de pobreza e exclusão social», de acordo com o INE.
4.
«Número de
pensionistas a trabalhar está a subir e já é de 10%
O número de pensionistas que decidiram adiar a reforma para além da idade
legal, ou continuar a trabalhar depois de se reformarem, aumentou, nos últimos
sete anos, de forma significativa em Portugal. Um fenómeno que mostra não só o
impacto das medidas de incentivo ao prolongamento da vida activa, como também a
forma como, num cenário de desemprego baixo, se assiste actualmente a um
reforço da procura por trabalhadores com idades mais avançadas.
Os dados fazem parte do retrato publicado esta sexta-feira pelo Banco de
Portugal sobre “os pensionistas de velhice em Portugal”, que revela, na análise
realizada desde 2018, para além da manutenção de tendências de passado como a
existência de uma forte desigualdade entre os homens e as mulheres no valor das
pensões recebidas, a concretização, igualmente, de mudança significativas em
diversas áreas.»
Ségio Aníbal no Público
5.
Nos primeiros dez meses do ano a PSP detectou em média 26 condutores por dia a conduzir com excesso de álcool no sangue.

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