Há um sapato pequeno para encher de brinquedos;
um sapatinho azul
como uma história antiga.
Há uma espera no olhar
da criança que espera
a sonhar cavaleiros e canções.
E os meus braços caem abertos,
paralelos à vida.
(As arcas da Índia
de sândalo e pérolas
ignoram a chama de um sapato frio.)
A noite envelheceu.
O sapatinho azul
(história antiga)
vazio de brinquedos,
cansado de sonhar,
adormece sem fé.
um sapatinho azul
como uma história antiga.
Há uma espera no olhar
da criança que espera
a sonhar cavaleiros e canções.
E os meus braços caem abertos,
paralelos à vida.
(As arcas da Índia
de sândalo e pérolas
ignoram a chama de um sapato frio.)
A noite envelheceu.
O sapatinho azul
(história antiga)
vazio de brinquedos,
cansado de sonhar,
adormece sem fé.
Fernando Guedes
Poema retirado de “Natal… Natais”, antologia de Oito Séculos de Poesia Sobre o Natal, organizada por Vasco Graça Moura, “Público”, Lisboa s/d
Legenda: Imagem de Gerard Dubois
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