sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

QUASE AO BATER DAS DOZE BADALADAS...



Para acompanhar com as passas e a taça de espumante:

Das 18 empresas públicas cujos mandatos dos conselhos de administração terminam este mês, em 12 delas os custos com os vencimentos dos presidentes ascendem a 1,6 milhões de euros, valor a que não foram somados os prémios nem as ajudas de custo.

De acordo com uma notícia avançada pelo jornal "Sol", Estanislau Costa, presidente dos CTT continuou a receber durante quase dois anos o vencimento da PT (23 mil euros) quando já era administrador dos CTT (15 mil euros) e que se terá demitido antes de se tornar pública a auditoria da Inspecção-geral das Finanças.

Portugal chegará a 2011 com mais de 600 mil desempregados, o nível mais alto em cerca de 30 anos.

Ao divulgar o parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2009, o Tribunal de Contas diz que  97% dos 2 200 milhões de euros afectados no ano passado pelo Governo ao combate à crise foram parar ao bolso sem fundo da banca (61%) e às empresas (36%); já com os apoios ao emprego, o Estado gastou... 1%.

A fazer fé  nos números apresentados pelo  dos Governo, fica a saber-se que estará a conseguir reduzir o défice público. Se tal realmente acontece fica, a dever-se, em boa parte  aos cortes nos apoios sociais a desempregados e crianças.

Termina hoje o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

No pódio dos países com maiores desigualdades sociais na União Europeia, Portugal ocupa o 2º lugar. O 1º lugar pertence à Letónia.

Há 3000 000 portugueses a passar fome e dependendo, para sobreviver, de instituições de solidariedade.

A maior parte das pesadas medidas de contenção anunciadas durante o ano que agora acaba entram em vigor no primeiro dia do ano novo.

Famílias e empresas começam o ano com mais impostos, menos salários e benefícios sociais.

O problema deste final de ano é o sabermos que o próximo vai ser muito pior e sermos incapazes de evitar que isso venha a acontecer.


O importante mesmo é cuidar dos vivos, ou como diria o velho Humphrey Bogart “quando morremos acaba-se tudo. Temos de aproveitar porque a vida é para os vivos.”

Aos amigos, aos viajantes que por aqui passam, os votos de um Bom Ano, apesar de tudo…

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