O governo vai
decretar que os dias da crise energética chegaram ao fim.
O Sindicato
Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, após uma semana de luta,
anunciou o final da greve.
Quanto, ganharam,
ainda mais, as empresas petrolíferas?
Trabalhadores
por um lado, patrões por outro, o governo a servir de árbitro entre as partes,
uma arbitragem que tendeu mais para o lado do patronato e, face a esses sinais,
a ministragem arbitral foi murmurando que era importante que o país não parasse
que os portugueses tivessem umas férias sem sobressaltos.
O estranho desta
greve é que os responsáveis das petrolíferas não foram chamados pelo governo e
mantiveram um silêncio ensurdecedor.
Importante é que
os trabalhadores, de uma vez por todas, exijam melhores salários, melhores
condições de trabalho e que os diversos subsídios, que as empresas pagam por
debaixo da mesa, sejam declarados.
Os dinheiros não
declarados, que agora recebem, sabem bem mas em caso de baixa médica, subsídio
de desemprego ou reforma futura, não servem para nada!
2 comentários:
Como é possível que as empresas continuem a pagar por debaixo da mesa? Uma "vigarice" autorizada por quem não faz cumprir as leis -um Estado que não pode nem deveria fechar os olhos a tal manobra- (muitas vezes consentida, porque sabe bem, pelos que, ao fim e ao cabo, são sempre os mais prejudicados).
É o busílis da questão, caro Seve.
Os governantes sabem que é assim. Já que está a servir de árbitro neste conflito, o governo deveria voltar-se para ambas as partes e dizer: -Alto e pára o baile! Os subsídios por debaixo da mesa são para acabar!
Claro, que vou esperar sentado!
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