domingo, 18 de agosto de 2019

QUOTIDIANOS


O governo vai decretar que os dias da crise energética chegaram ao fim.

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, após uma semana de luta, anunciou o final da greve.

Quanto, ganharam, ainda mais, as empresas petrolíferas?

Trabalhadores por um lado, patrões por outro, o governo a servir de árbitro entre as partes, uma arbitragem que tendeu mais para o lado do patronato e, face a esses sinais, a ministragem arbitral foi murmurando que era importante que o país não parasse que os portugueses tivessem umas férias sem sobressaltos.

O estranho desta greve é que os responsáveis das petrolíferas não foram chamados pelo governo e mantiveram um silêncio ensurdecedor.

Importante é que os trabalhadores, de uma vez por todas, exijam melhores salários, melhores condições de trabalho e que os diversos subsídios, que as empresas pagam por debaixo da mesa, sejam declarados.

Os dinheiros não declarados, que agora recebem, sabem bem mas em caso de baixa médica, subsídio de desemprego ou reforma futura, não servem para nada!

2 comentários:

Seve disse...

Como é possível que as empresas continuem a pagar por debaixo da mesa? Uma "vigarice" autorizada por quem não faz cumprir as leis -um Estado que não pode nem deveria fechar os olhos a tal manobra- (muitas vezes consentida, porque sabe bem, pelos que, ao fim e ao cabo, são sempre os mais prejudicados).

Sammy, o paquete disse...

É o busílis da questão, caro Seve.
Os governantes sabem que é assim. Já que está a servir de árbitro neste conflito, o governo deveria voltar-se para ambas as partes e dizer: -Alto e pára o baile! Os subsídios por debaixo da mesa são para acabar!
Claro, que vou esperar sentado!