Algures, numa dobra da
história, alguma coisa falhou, algum erro se cometeu. Seria altura de saber,
onde, como, porquê. Mas talvez seja demasiado tarde…
Quando Rodrigues da Silva – um jornalista de mão cheia – há 44 anos escreveu estas palavras, sabia que o caminho, o tal caminho, acabava ali. Foram muitos anos a acreditar num futuro melhor. E éramos tão poucos e de repente já éramos muitos. E foram muitos desses muitos, que em Abril chegaram, que funcionaram como o tal grão na engrenagem. Tal como Maria Eugénia Varela Gomes escreveu:«Uma coisa que eu não suportava era ouvir dizer que a revolução continuava depois do 25 de Novembro. Isso não. Não se engana o povo. Porque eu acho que é uma coisa inadmissível enganar o povo. E se algumas vezes me irritei com o Partido Comunista uma das razões foi essa. Eu percebia qual era a intenção, mas achava que era um desrespeito pelas pessoas. Era preciso não deixar as pessoas desanimar… é verdade… mas também dizer-lhes que a revolução continuava… Quando era evidente, depois do 25 de Novembro, que tinha acabado a revolução.» Somos assim. Assim fomos.
2 comentários:
Não diria tarde.
Até porque temos de nos manter cada vez mais atentos, Sammy.
Quando Rodrigues da Silva – um jornalista de mão cheia – há 44 anos escreveu estas palavras, sabia que o caminho, o tal caminho, acabava ali. Foram muitos anos a acreditar num futuro melhor. E éramos tão poucos e de repente já éramos muitos. E foram muitos desses muitos, que em Abril chegaram, que funcionaram como o tal grão na engrenagem.
Tal como Maria Eugénia Varela Gomes escreveu:«Uma coisa que eu não suportava era ouvir dizer que a revolução continuava depois do 25 de Novembro. Isso não. Não se engana o povo. Porque eu acho que é uma coisa inadmissível enganar o povo. E se algumas vezes me irritei com o Partido Comunista uma das razões foi essa. Eu percebia qual era a intenção, mas achava que era um desrespeito pelas pessoas. Era preciso não deixar as pessoas desanimar… é verdade… mas também dizer-lhes que a revolução continuava…
Quando era evidente, depois do 25 de Novembro, que tinha acabado a revolução.»
Somos assim. Assim fomos.
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