Tudo.
Ser tudo,
igual e diferente,
águia empalhada com bicos
de veludo.
Desejo de voltar para
trás,
repetir pó novo nas
pegadas mortas,
Proteu dos tempos,
sempre o mesmo pêndulo de
arame no coração,
sexo do princípio do
mundo,
valsas nos serões de
fantasmas dos palácios velhos,
tragédias gregas em latim
francês de Cocteau,
êmbolos de fábricas de
coisa nenhuma,
suor matemático de Bach,
gosto de saltar de costas,
latas de vento a baterem
no muro,
ranger de portas…
Saudades de não poder
inventar o futuro.
José Gomes Ferreira em Poesia IV
Legenda: Igor Stravinsky
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