Aquele rapaz que palreia sobre futebol na estação-sargeta, que é deputado
chegado a cheiros de ultra-extrema direita, apresentou um projecto de resolução,
na Assembleia da República, a recomendar ao Governo que proceda à
instauração de uma celebração solene do 25 de Novembro, com o fim de que lhe
seja dado a mesma dignidade do 25 de Abril.
No projecto de resolução, o rapaz lembra que a liberdade só foi
devolvida aos portugueses no dia 25 de Novembro de 1975 e isso deve-se à
intervenção pronta e eficaz do Regimento de Comandos da Amadora, então sob o
Comando do Coronel Jaime Neves, pelo que à sua ação decisiva devemos todos nós
a liberdade e o regime democrático de que hoje podemos usufruir.
Em Novembro de 1976, Maria Velho da Costa escreveu um texto, manuscrito acima, que
intitulou ESTE DIA NÃO.
«O 25 de Novembro não é
para celebrar.
Porque não foi um acto de
alegria, foi
um acto de necessidade.
Para os melhores,
dolorosa, para os piores,
maligna.
Proponho a esta assembleia
de povos um
dia de silêncio em honra
da fala
portuguesa sem ódio. Que
não viva a morte.»
1 comentário:
Um pulha que só debita ódio e gozo!
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