A frase é do Vergílio Ferreira. Estará num dos volumes da sua
Conta-Corrente:
Vê se uma tua ideia se não torna um lugar-comum para
te não dizerem que te serves de um lugar-comum quando por acaso o repetires.
Maria Antónia Oliveira, na Biografia Literária que escreveu sobre
Alexandre O’Neill, escreve:
Alexandre O’ Neill confessava-se um fascinado pela
banalidade, pelo lugar-comum, que desmontava e remontava sob outra forma,
noutro contexto. Fez sua a frase de Baudelaire: «Há lá coisa mais excitante que
o lugar-comum?» Em termos poéticos e biográficos, esta era uma atracção pelo
abismo: se nos entusiasmamos diante do lugar-comum, e nos esquecemos a fitá-lo,
corremos o risco de por ele sermos devorados.
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